Ana, de 57 anos, vítima de um incêndio em uma casa da região norte de Palmas, pode ter tentado fugir por uma das portas, mas não conseguiu porque estava trancada. A informação foi repassada pelos Bombeiros, que foram chamados para conter as chamas.
A perícia foi chamada e o laudo vai confirmar tanto as causas do incêndio como da morte. O incêndio nesta terça-feira (22), por volta das 18h, na quadra 407 Norte. Os bombeiros informaram que foram chamados pelos vizinhos e quando chegaram ao local a casa ainda estava pegando fogo.
Foi preciso arrombar a porta de entrada para ter acesso aos cômodos incendiados. Ana foi encontrada caída de bruços no chão e com várias queimaduras de 3º grau pelo corpo. Além dessa porta que a mulher possivelmente tentou escapar, os bombeiros informaram que pela cozinha o acesso estava destrancado.
Não se sabe o porquê de Ana Maria não ter tentado sair pelos fundos da casa. “Vários móveis que você vê que estão um pouco afastados e a gente não entende porque a porta da cozinha estava aberta e ela não conseguiu sair lá pelo fundo. Então, só a perícia vai dizer o que realmente aconteceu no interior da residência”, ressaltou o tenente dos bombeiros.
A vítima mora com duas netas menores de idade, mas estava sozinha em casa no momento que o incêndio começou. O fogo consumiu toda a sala, queimou parte da cozinha e atingiu um ar-condicionado. Uma das vizinhas da casa de Ana Maria contou ter visto uma fumaça escura saindo da casa e foi até o local para tentar ajudar, pois sabia que no local moravam crianças. “Chamamos a ambulância, os vizinhos ajudaram a gente a arrombar o portão. A gente quebrou a janela, mas não tinha como quebrar a porta porque a gente estava com medo da pressão do fogo”, explicou a Wany Nowik.
Também foi desligado o fornecimento de energia elétrica e água das casas de Ana Maria e de Wany, para evitar que o fogo se espalhasse para outras residências. “Só pensei nas crianças, porque tinham duas crianças que ficam aqui. Os vizinhos falaram que as netas dela tinham o costume de ficar dormindo durante a tarde, e tem ar condicionado, tem piscina, então a gente preocupou bastante.
A gente batia no portão e ninguém saía. Foi horrível”, contou Wany, falando sobre a aflição de ver a casa da vizinha pegando fogo. Por haver risco de desmoronamento, a casa foi interditada após a retirada do corpo de Ana. Ela foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) e passará por exames de necropsia. A perícia deve indicar o que deu início ao incêndio na casa.