Desde que o tráfego no trecho da BR-226 foi interrompido, o movimento na cidade diminuiu e as vendas caíram. Trabalhadores e comerciantes da cidade de Aguiarnópolis enfrentam as consequências econômicas do desabamento da ponte entre o Tocantins e o Maranhão.
O trecho em Aguiarnópolis integra o corredor rodoviário Belém-Brasília, por onde passavam diariamente carretas com produção de grãos e animais de corte. Atividades ligadas ao transporte foram as mais afetadas, incluindo postos de combustíveis. Desde o desabamento da ponte, as vendas reduziram de 70 mil litros de combustível para menos de 10 mil por dia.
A consequência da economia paralisada se repete por toda cidade. O empresário Paulo Roberto é proprietário de uma transportadora com 15 caminhões. Desde o acidente, todos os veículos estão parados.
“Eles deveriam estar rodando, mas nós estamos aqui ainda fazendo estudo de rotas e entendendo como a gente vai poder funcionar. Nós ainda estamos nessa situação muito indefinida. Motoristas, parte equipe de manutenção, administrativo da empresa, toda ela ainda está nessa situação”, comentou.
Preocupação também para os pequenos negócios. Jesus é proprietário de uma borracharia. Ele confessou estar preocupado por não saber se vai conseguir manter os funcionários.
O governo do Tocantins chegou a anunciar data para o início da operação de uma balsa entre Aguiarnópolis e Estreito duas vezes, mas houve atrasos na construção dos acessos ao rio e na liberação de documentos.
A empresa de balsas Pipes Navegações também divulgou um cronograma de início do serviço, mas os trabalhos ainda não começaram. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes confirmou que vai custear a balsa e que os moradores não terão que pagar tarifa, mas não há prazo para o serviço começar a funcionar.