Após ser preso, G.S.M. foi conduzido até a sede da DECOR-DRACO/PCDF e em seguida encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário do Tocantins.
G.S.M. e T.N.C (vulgo Atribulado, 24 anos), preso na semana passada, são apontados como executores do crime. Além deles, o crime contou com a participação de uma mulher identificada pelas iniciais H.S. (vulgo Sílvia, 23 anos), que segundo as investigações, tentou ocultar provas, no sentido de dificultar o trabalho da Polícia.
“Tanto a vítima quanto os dois executores são membros de uma organização criminosa que cometia vários delitos na cidade. Inclusive, a motivação para o crime seria um desentendimento entre eles em relação a crimes contra o patrimônio praticados por eles nos últimos meses”, informou o delegado-chefe da 6ª DEIC, Antônio Onofre de Oliveira da Silva Filho.
O delegado destaca que Solução é investigado por outro crime de homicídio e uma tentativa de homicídio. Além de ser suspeito de crimes contra o patrimônio na região central do Estado. “Ele também é investigado pela prática de tortura contra usuários de drogas que cometem furtos em Paraíso. Na facção, ele exerce o cargo denominado ‘disciplina’, sendo responsável por executar e exigir o cumprimento das normas da facção”, complementou.
O crime
O minucioso trabalho investigativo apontou que o crime ocorreu nas primeiras horas do dia 24 de janeiro. Um dia antes, Roy e os investigados passaram a noite bebendo em estabelecimentos de Paraíso.
“Na noite anterior ao assassinato, dia 23 de janeiro, ele e os envolvidos estavam juntos, se divertindo, consumindo bebidas alcoólicas e frequentando diversos estabelecimentos na cidade. No amanhecer do dia 24, o grupo se deslocou para a casa de Sílvia, no setor Vila Regina, onde continuaram a se divertir. Por volta das 6h30, os autores convenceram a vítima a acompanhá-los para comprar mais bebidas. No caminho de volta, porém, mudaram a rota e seguiram para um local ermo, onde Roy foi covardemente assassinado”, ressalta o delegado.
As evidências demonstraram que a vítima não teve qualquer chance de defesa, sendo atacada com seis golpes de faca (três nos braços e três nas costas), além de receber violentas pancadas na cabeça.
A análise das imagens de câmeras de segurança dos estabelecimentos comerciais e de ruas próximas aos locais por onde vítima e suspeitos passaram, foram fundamentais para reconstruir os momentos que antecederam o crime. Às 6h39, Roy foi visto comprando bebida e cigarro em um comércio local, utilizando o cartão da namorada. Alguns minutos depois, o veículo Gol preto, de propriedade de Sílvia, foi flagrado entrando na estrada do antigo Clube Éden Serrano. Sete minutos depois, os assassinos saíram do local, deixando o corpo de Roy para trás. Eles voltaram para a residência de Sílvia, com a cerveja comprada pela vítima e continuaram a beber no local como se nada tivesse acontecido.
Horas depois do crime, um vídeo com imagens do corpo de Roy foi apresentado à sua namorada, antes mesmo de os policiais da 6ª DEIC encontrarem o cadáver. No local do crime, os policiais localizaram também a faca supostamente usada no assassinato e demais vestígios do crime. Após o homicídio, Sílvia tentou se livrar do veículo, escondendo-o, dando apoio no sentido de ocultar provas e evadiu da cidade no mesmo dia.