Mandados foram expedidos pela Justiça de Goiás e cumpridos com apoio da Deleagro; ação investiga fraudes em documentos agropecuários
A Polícia Civil do Tocantins (PCTO), por meio da Delegacia Especializada de Combate aos Crimes Rurais (Deleagro), cumpriu, na manhã desta terça-feira, 1º, mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Paper Ox, deflagrada pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO). A operação tem como objetivo desarticular um grupo criminoso investigado por fraudes na emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e documentos fiscais agropecuários.
Em Palmas, os mandados foram cumpridos em um endereço localizado na região norte da capital. Durante a ação, foram apreendidos dois veículos, um Toyota Hilux e um Toyota Corolla Cross, além de um aparelho celular e uma quantia de R$ 11.754,00 em espécie. Os mandados foram cumpridos em desfavor de dois indivíduos, identificados pelas iniciais R. C. F. e D. R. R., ambos localizados no mesmo endereço.
O diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), Afonso Lyra, destacou a cooperação entre as Polícias Civis do Tocantins e de Goiás. “Temos construído uma relação sólida de apoio mútuo entre as instituições. Já contamos com o suporte da PCGO em diversas operações deflagradas no Tocantins e, da mesma forma, prestamos apoio sempre que há alvos em nosso Estado. Nesta ação, nossas equipes lograram êxito no cumprimento dos mandados, com apreensões que certamente contribuirão para o avanço das investigações. Seguimos à disposição para colaborar com ações de polícia judiciária no território tocantinense”, afirma.
Operação Paper Ox
Coordenada pela Polícia Civil de Goiás, a Operação Paper Ox apura o uso indevido de credenciais de produtores rurais para emissão fraudulenta de GTAs. A prática viabiliza crimes como sonegação fiscal, fraudes bancárias e a regularização de rebanhos sem origem comprovada. Ao todo, foram expedidos 50 mandados judiciais e determinado o bloqueio de aproximadamente R$ 127 milhões em bens dos investigados.
Além do Tocantins, a operação teve alvos nos estados de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal, evidenciando o alcance interestadual da organização criminosa investigada.