Numa reviravolta ocorrido durante a instalação da CPMI nesta quarta-feira, 20, no Congresso Federal, a oposição surpreendeu e os indicados para a presidência senador Osmar Azis (PSD-AM) e o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) para a relatoria, e que não assinaram o pedido, foram “barrados no baile” e estão de fora da direção que vai investigar o roubo dos aposentados e pensionistas em mais de R$ 6,4 bilhões.
Aziz havia sido indicado pelo presidente do Senado Davi alcolumbre e Ricardo Ayres foi indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, no final da semana passada. (confira aqui)
A oposição havia questionado a posição dos parlamentares, e teceram críticas nas redes sociais, dizendo que os dois eram governistas e que a a CPMI iria acabar em pizza.
Eleição
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) é que vai presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que analisará as fraudes no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Ele derrotou o senador Omar Azis (PSD-AM) em eleição realizada nesta quarta-feira (20).
Carlos Viana disse que a comissão terá de apresentar respostas ao povo brasileiro sobre o que ocorreu no INSS. Ele ressaltou ainda que não “há qualquer desejo de prejudicar a quem quer que seja que esteja na responsabilidade do INSS nos dias atuais ou dias passados”.
“[Quero] esclarecer o que aconteceu, pedir a punição dos culpados e, principalmente, gerar novos projetos e políticas que não permitam a repetição de um momento tão vergonhoso para o Brasil como o desvio de aposentados e pensionistas”, resumiu presidente recém-eleito.
Trabalho apartidário
Omar Azis reforçou que a missão da CPMI será fazer um trabalho isento e apartidário para apurar possíveis responsabilidades, sem prejulgamentos. “O trabalho que temos de fazer aqui não é ideológico. As pessoas prejudicadas, não está escrito na testa qual é a tendência política delas, temos de investigar e punir os culpados, e evitar que volte a ocorrer futuramente.”
Relator
Carlos Viana indicou para a relatoria dos trabalhos o deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Viana explicou que o relator tem de entender de leis e ter experiência para não cair em armadilhas políticas ou ideológicas, de modo a chegar aos responsáveis pelos desvios.
