Investigação aponta que o suspeito teria trocado as placas de uma caminhonete e simulado furto após fugir de blitz da PM
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 63ª Delegacia de Polícia de Paraíso, concluiu nesta segunda-feira, 23, o inquérito que apura crimes supostamente cometidos por um advogado de 41 anos. Ele foi indiciado por adulteração de sinal identificador de veículo automotor e falsa comunicação de crime.
De acordo com o delegado regional José Lucas Melo, o caso teve início no dia 18 de abril de 2025, quando uma caminhonete foi abandonada em via pública, nas proximidades de uma blitz da Polícia Militar, em Paraíso do Tocantins. A situação foi repassada à Polícia Civil, que iniciou as investigações.
Durante as diligências, os policiais civis constataram que o veículo estava com placas adulteradas, pertencentes a outro automóvel com características semelhantes. A investigação identificou o advogado como o condutor da caminhonete que fugiu da blitz.
Ainda segundo a Polícia Civil, após o ocorrido, o homem registrou um boletim de ocorrência alegando que o veículo havia sido furtado. No entanto, o inquérito revelou que a caminhonete havia sido entregue a ele por um cliente, com a finalidade de regularização, já que o comprador desistiu da aquisição devido a restrições financeiras sobre o bem.
Em vez de adotar os procedimentos legais, o advogado teria optado por alterar as placas do veículo e simular o furto. Interrogado novamente, ele confessou a prática dos crimes.
“Sabendo que o veículo tinha uma restrição, a medida correta seria adotar as providências legais para sua regularização. Ao invés disso, optou-se pela prática de um ato tipificado como crime pela legislação vigente. Depois, vendo que o fato seria descoberto, ao invés de se apresentar e buscar minorar os fatos, advogado terminou enveredando para mais uma infração penal. Após toda a descoberta, claro, demonstrou arrependimento”, afirmou o delegado José Lucas Melo.
Com a conclusão do inquérito e o indiciamento formal, o caso foi encaminhado ao Poder Judiciário e será analisado pelo Ministério Público para as providências cabíveis.