Palmas - Tocantins
quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Reviravolta: Ricardo Ayres não será mais o relator da CPMI que irá apurar fraudes no INSS

Numa reviravolta ocorrido durante a instalação da CPMI nesta quarta-feira, 20, no Congresso Federal, a oposição surpreendeu e os indicados para a presidência senador Osmar Azis (PSD-AM) e o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) para a relatoria, e que não assinaram o pedido, foram “barrados no baile” e estão de fora da direção que vai investigar o roubo dos aposentados e pensionistas em mais de R$ 6,4 bilhões.

Aziz havia sido indicado pelo presidente do Senado Davi alcolumbre e Ricardo Ayres foi indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, no final da semana passada. (confira aqui)

A oposição havia questionado a posição dos parlamentares, e teceram críticas nas redes sociais, dizendo que os dois eram governistas e que a a CPMI iria acabar em pizza.

 

Eleição

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) é que vai presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que analisará as fraudes no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Ele derrotou o senador Omar Azis (PSD-AM) em eleição realizada nesta quarta-feira (20).

Carlos Viana disse que a comissão terá de apresentar respostas ao povo brasileiro sobre o que ocorreu no INSS. Ele ressaltou ainda que não “há qualquer desejo de prejudicar a quem quer que seja que esteja na responsabilidade do INSS nos dias atuais ou dias passados”.

“[Quero] esclarecer o que aconteceu, pedir a punição dos culpados e, principalmente, gerar novos projetos e políticas que não permitam a repetição de um momento tão vergonhoso para o Brasil como o desvio de aposentados e pensionistas”, resumiu presidente recém-eleito.

Trabalho apartidário

Omar Azis reforçou que a missão da CPMI será fazer um trabalho isento e apartidário para apurar possíveis responsabilidades, sem prejulgamentos. “O trabalho que temos de fazer aqui não é ideológico. As pessoas prejudicadas, não está escrito na testa qual é a tendência política delas, temos de investigar e punir os culpados, e evitar que volte a ocorrer futuramente.”

Relator

Carlos Viana indicou para a relatoria dos trabalhos o deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Viana explicou que o relator tem de entender de leis e ter experiência para não cair em armadilhas políticas ou ideológicas, de modo a chegar aos responsáveis pelos desvios.

O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados)

A CPMI
A comissão é formada por 16 senadores e 16 deputados, e igual número de suplentes. O colegiado tem prazo inicial de 180 dias para apurar as fraudes no INSS.

A comissão vai investigar os descontos indevidos em benefícios do INSS praticados por associações de representação de aposentados, a partir de 2019, segundo investigações da Polícia Federal. A fraude pode ter chegado a R$ 6,4 bilhões ao longo de seis anos.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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