Em dez anos, quase 100 casos de hepatites virais foram registrados em Palmas, Sul do Paraná. Mais da metade dos diagnósticos foram de pacientes do sexo masculino.
Faixa etária dos 20 a 39 anos é a que tem maior número de registros da doença. Neste domingo, 28 de julho, foi celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, data que buscou chamar atenção da população para ações de prevenção para essas inflamações que atacam o fígado, órgão que tem a função de desintoxicar nosso organismo.
As hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D, mais comum na Região Norte do país, e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia, segundo o Ministério da Saúde.
Levantamento realizado pelo Departamento de Jornalismo da Rádio Club junto ao Ministério da Saúde, apurou que entre 2013 e 2022, foram diagnosticados 95 casos de hepatite em Palmas, sendo 53 de pacientes do sexo masculino e 42 do sexo feminino.
A faixa etária dos 20 a 39 anos foi a que apresentou o maior número de diagnósticos, com 44 registros. Na sequência está a faixa dos 40 a 59 anos, com 41 casos. Mas houve registros também diagnósticos de crianças, adolescentes e idosos.
Segundo o Ministério da Saúde, a principal forma de transmissão da hepatite A é a fecal-oral. Os casos estão relacionados principalmente a falta de saneamento básico, alimentos inseguros, baixos níveis de higiene pessoal. Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo e contato sexual.
No caso das hepatites B e C, as principais formas de contágios estão relacionadas ao contágio sexual, em relações sem preservativo e também ao uso de objetos contaminados como agulhas e seringas. Entre os tipos de hepatite registrados em Palmas entre 2013 e 2022, um foi do vírus A.
Outros 62 do tipo B e 30 casos de hepatite C. A principal forma de prevenção à hepatite C é a utilização de preservativos em relações sexuais, medida que se aplica também aos tipos A e B, que contam ainda com a vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).