Como funcionava a fraude:
A investigação identificou que, para uma determinada especialidade médica, eram feitas duas escalas de plantões, sendo uma oficial e publicada no site da SESA e outra paralela, que não é publicada.
Somando ambas, cada médico deveria cumprir em média 24 plantões de 12h por mês. Cada plantão custa cerca de R$ 1 mil reais, totalizando R$ 24 mil reais pagos, em média, a cada médico, por plantões que não eram cumpridos.
Durante a investigação, observou-se que os servidores públicos, apesar de receberem os valores, ao invés de cumprirem o horário de serviço regular para o qual estavam escalados, realizavam atividades diversas, incluindo viagens ao exterior, não comparecendo aos plantões.
Verificou-se que mais de R$ 3 milhões foram pagos indevidamente desde abril de 2022, por plantões não realizados. Esse também foi o valor em bens dos investigados que foram bloqueados judicialmente.
A Justiça ainda determinou o afastamento cautelar de dois servidores do cargo público. Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, falsificação ideológica de documento público e organização criminosa. Se condenados, as penas podem chegar a 25 anos de reclusão, mais pagamento de multa, além da perda do cargo público.
Resultado operacional:
Durante o cumprimento dos mandados de busca, vários veículos dos investigados foram apreendidos.
Nas residências dos investigados, também foram encontrados R$ 75 mil em espécie e em outro local €4 mil euros. Os valores também foram apreendidos.