Huxley foi atingido por seis tiros no dia 16 de abril de 2020, quando saiu do trabalho com uma colega para comprar um sorvete, no Jardim Aureny III. A ex-esposa dele, a médica Melissa, de 44 anos, é apontada pela Polícia Civil como suposta mandante do crime. Por isso a autoridade cumpriu mandados de busca e apreensão contra ela e outros suspeitos na manhã desta última quinta-feira (12).
Parte do trajeto feito pelo veículo usado por militares suspeitos antes e após a tentativa de homicídio contra o fisioterapeuta Huxley Luiz Majadas de Lima, foi traçado pelos investigadores do caso. A Polícia Civil acredita que o mesmo carro transitava próximo à região do batalhão onde os PMs eram lotados.
O carro branco foi filmado em alta velocidade logo após o fisioterapeuta ser atingido pelos tiros que o deixaram internado por mais de 15 dias. A câmera de um estabelecimento comercial a 300 metros do local conseguiu filmar, inclusive, que havia um amassado no paralama dianteiro direito, o que foi possível identificá-lo com mais precisão em outros pontos da cidade.
A polícia ainda apurou que havia outra pessoa no banco do carona ao lado do motorista e que o veículo está utilizando uma placa vermelha, possivelmente falsa, para impossibilitar a identificação.
Na análise das imagens foi possível ver o veículo passando pela TO-050, da região central de Palmas, transitando pela Avenida Tocantins (Av. I) e fugindo pela Rua 48, virando na Rua 33 e seguindo pela Rua 43, ambas na região sul da capital.
Para comprovar que o veículo era do militar investigado, o mesmo carro branco, com um amassado na lateral dianteira, foi visto poucos minutos após o crime na Avenida LO 07, altura da ARSE 33 (quadra 308 Sul), seguindo em direção ao Batalhão de Choque, onde Ary era lotado.
Entretanto, a Polícia Civil conseguiu cruzar informações com o sistema Córtex do Ministério da Justiça e descobriu que o veículo, em 2022, estava em circulação, mas no estado de São Paulo. “O que fortalece os indícios de que o investigado tenha se desfeito do veículo repassando para terceiros com o objetivo de obstruir as investigações”, segundo a Polícia Civil.
O advogado, que representa a médica Melissa e o pai dela, disse que não teve acesso ao teor das investigações e está esclarecendo às alegações junto com os clientes. Disse ainda que os autos estão resguardados pelo sigilo judicial, e por isso não poderia dar mais detalhes sobre o caso.